quinta-feira, 31 de maio de 2012

O trabalho da fisioterapia em crianças prematuras

É comum que crianças prematuras, ou seja, que nasceram antes de completar as 40 semanas de gestação possam apresentar algumas sequelas neurológicas, que irão depender do quão prematuros são. E é aí que o trabalho da fisioterapia entra.

Quando nasce uma criança prematura, é comum que haja um trabalho de fisioterapia respiratória para que ela possam ter alta o mais rápido possível. “Após a alta é ideal que a criança comece a fazer a fisioterapia voltada para a parte motora”, comenta Audrei Fornutato Miquelote, fisiterapeuta do Nutri&Fisio e especialista em fisioterapia neonatal .
Foto: Divulgação

Ela explica que no consultório do Nutri&Fisio, o trabalho da fisioterapia em bebês de até um ano é definir os marcos do desenvolvimento normal de uma criança e fazer com que este bebê tenha um desenvolvimento mais próximo possível da normalidade. “Uma criança de quatro meses e que ficou três internada, na verdade terá um mês de vida”, conta. Por isso, “a fisioterapia vai trabalhar no fortalecimento e tonificação dos músculos e mostrar esses marcos para que a criança possa se desenvolver em casa também. Nesse sentido, a participação dos pais é fundamental, pois é extremamente importante que eles estimulem o desenvolvimento dela no dia a dia, deixando ela no chão, próxima a objetos de interesse dela, o que irá fazer com que ela se sinta estimulada a se movimentar”, conta.

Ainda de acordo com Audrei, o trabalho irá depender da gravidade das sequelas neurológicas causadas pelo nascimento prematuro. “Quando a criança tem alteração no tônus muscular, o trabalho fica um pouco mais difícil, pois a criança fica sempre em extensão. Então, temos o trabalho de fazer com que essa criança consiga fazer o movimento de dobrar”, conta.

Após o trabalho de desenvolvimento da parte motora da criança é que irá se trabalhar a parte cognitiva. “Se a criança não desenvolve a parte motora, fica difícil ela desenvolver a parte cognitiva, pois ela não terá a oportunidade de explorar o que está ao redor dela. Após o desenvolvimento motor é que vamos trabalhar as partes funcionais, sendo que muitas crianças conseguem acompanhar normalmente as outras, mesmo que precisem de pequenas adaptações no ambiente escolar, por exemplo”, comenta.

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