Bom dia!
Hoje vamos falar sobre o tratamento fisioterapêutico em pacientes portadores de bruxismo, o atrito não-funcional dos dentes inferiores contra os dentes superiores. Em outras palavras, o bruxismo é um hábito que leva o paciente a ranger os dentes de forma rítmica durante o sono ou até mesmo acordado. Este hábito traz maiores prejuízos, como dores de cabeça e distúrbios da articulação temporomandibular.
E a fisioterapia tem um importante papel em diminuir estes riscos e acabar com os hábitos que levam a eles. “A fase inicial do tratamento consiste na inspeção, observando como funcionam os movimentos de dobradiça e deslizamento da articulação temporomandibular, seguidos pela anamnese, onde se colhe a história do paciente e seus sintomas”, conta Thiago Guimarães Barrientos, fisioterapeuta do Nutri&Fisio, especializado neste tratamento.
A próxima etapa é o exame físico, onde são realizados uma série de testes na articulação temporomandibula, que tem o objetivo de detectar dificuldades na mastigação, músculos mastigatórios, desgastes no esmalte ou nos dentes, falta de coordenação nos movimentos mandibulares, espasmos musculares e outros problemas. “Após isso, é realizada uma avaliação postural estática, onde é avaliada a postura habitual do paciente em relaxamento”, comenta o fisioterapeuta.
Ao término da avaliação, ainda são realizados alguns testes especiais, como o teste do calço molar e a ausculta de ruídos em virtude do bruxismo. “O tratamento fisioterapêutico visa aliviar os sintomas dolorosos e também promover a reabilitação da função muscular comprometida”, diz Barrientos.
Para isso, o paciente é submetido a uma série de exercícios:
- Exercícios para espasmos musculares e amplitude de movimento, onde paciente deve realizar movimentos de abertura e fechamento da boca lentamente.
- Exercícios passivos: balanço dos temporais, compressão e descompressão da articulação temporomandibular, entre vários outros.
- Exercícios ativos-resistidos: trata-se de uma resistência contra o movimento, fortalecendo os músculos mais fracos. Estes exercícios evitam posturas anormais e regulam o sistema neuromuscular através da repetição.
Além disso, é importante sempre fazer um acompanhamento do paciente, orientando ele para que não mastigue com apenas um lado da boca; evite roer unhas; não morder bochecas; não mascar chiclete; não dormir com travesseiros muito altos e tomar cuidado com a postura. O hábito, unido aos exercícios, é vital para que o paciente tenha uma recuperação completa.
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