terça-feira, 27 de março de 2012

Entenda o refluxo vésico-ureteral


Normalmente a urina é produzida pelos rins e vai para a bexiga por meio de um tubo chamado ureter, é armazenada na bexiga e em seguida, na micção, passa para a uretra atingindo o meio externo. No entanto, em 1-2% das crianças a urina retorna para o ureter, podendo chegar até os rins.

O refluxo está associado a um número aumentado de infecção urinária. Teoricamente como a infecção se inicia na bexiga, havendo refluxo para os rins, seria mais fácil da infecção atingir também o sistema renal (pielonefrite). Portanto, diz-se que as crianças com refluxo têm uma chance maior de apresentarem infecção renal que as outras sem refluxo.


Foto: Revista Crescer
Dessa maneira, sempre há um pouco de urina parada na bexiga, favorecendo as infecções urinárias. Então, sempre que a criança passar por uma infecção urinária, recomenda-se fazer ecografias dos rins e da bexiga, além de uma cistografia e uma ultrassonografia para certificar-se de que não há nenhum problema nos rins.

Isso porque existe a possibilidade dessa infecção provocar lesões nos rins, com formação de cicatrizes definitivas, que podem resultar em uma insuficiência renal e a médio-longo prazo, em uma alteração da hipertensão arterial podendo comprometer os rins seriamente.

O tratamento do refluxo vesico-ureteral é feito com a utilização de antibióticos em baixas doses, o monitoramento da função renal e a avaliação da possível recuperação espontânea com exames periódicos, visto que a Associação Americana de Urologia, afirma que o refluxo vésico-ureteral desaparece espontaneamente em 90% dos casos, no grau I, e 80% dos casos, no grau II, após cinco anos.

A fisioterapia ajuda neste processo através do biofeedback eletromiográfico, da eletroestimulação parassacral de superfície e terapia superior. Essas técnicas são melhores apresentam a vantagem de não causarem efeitos colaterais nas crianças. “No biofeeback, através de sinais visuais e/ou auditivos a criança aprende a relaxar músculos excessivamente contraídos e melhorar a coordenação da atividade motora do assoalho pélvico”, comenta o Prof. Dr. Carlos Fornasari, fisioterapeuta do Nutri&Fisio.

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