segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Una-se a esta causa!

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA da Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep promoverá palestra, divulgação de informações e distribuição de preservativos para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.


Divulgação e distribuição de preservativos
Dia: 1º/12/2009
Horário: das 8h30 às 14h30 das 18h às 21h30
Local: Galeria Unimep (em frente ao Banco HSBC)


Palestra: DST/Aids
Horário: das 14h às 15h
Local: Auditório Verde (bloco 2)
Palestrantes:
Drª Fabíola Bérgamo e Médico convidado do
Centro de Doenças Infecto-Contagiosas – CEDIC/Piracicaba

Evento aberto para todo o público


HAVERÁ ENTREGA DE CERTIFICADO
Inscrições no local

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Convite - Palestra: Alterações cardiovasculares em pacientes com lesão muscular

Convidamos alunos e professores para assistirem a palestra "Alterações cardiovasculares em pacientes com lesão muscular”, que será ministrada pela profa. Karla Rocha Pithon.

Data: 19 de novembro de 2009
Horário: 8h30
Local: UNIMEP - Taquaral
sala 207T48

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Obesidade: As contradições alimentares entre os jovens brasileiros

Com o objetivo de mapear os índices de desnutrição e obesidade nos jovens paulistas e propor políticas públicas de saúde para diminuir a prevalência desses problemas, uma pesquisa avaliou 9.720 alunos da rede pública de ensino da cidade de São Paulo, entre 11 e 18 anos. 


Dentre os escolares avaliados, metade do sexo masculino e metade do feminino, 11% dos meninos apresentaram desnutrição leve ou moderada e 14% algum grau de obesidade. Os índices entre as meninas foram de 12,7% e 14,9%, respectivamente.


Com relação às faixas etárias, a maior prevalência de alteração do estado de nutrição ocorreu nos escolares de 11 anos de idade. O trabalho começou em 2005, quando mais de 300 professores foram capacitados em três edições de um curso ministrado gratuitamente pelo projeto Avaliação do Estado de Nutrição de Escolares (Aene), do Núcleo de Estudos sobre Obesidade e Exercícios Físicos (Neobe) da Universidade de São Paulo (USP). "De acordo com o currículo escolar, periodicamente o aluno deve ser pesado e medido para que o estado de nutrição dos indivíduos seja analisado de maneira simplificada", disse Cláudia Cezar, pesquisadora responsável pelo trabalho e coordenadora do Neobe/USP, à Agência FAPESP. 


Segundo ela, em geral os professores fazem esse tipo de avaliação no início do ano letivo, apesar de obrigatoriamente não terem que se aprofundar nos cálculos que levam à identificação de alunos obesos ou desnutridos. "Além do peso e da estatura, nesse caso o sexo e a idade dos alunos devem ser levados em conta para a criação de uma tabela individual de biometria, que é o foco do projeto Aene", explica a pesquisadora. 


País necessita de políticas de educação alimentar
Depois de serem diagnosticados pelo projeto, os alunos em risco de obesidade e desnutrição passaram por tratamentos específicos em postos de saúde da capital paulista e os pais foram alertados para o problema. Cláudia ressalta que, apesar de o índice de obesidade do estudo ser baixo do ponto de vista epidemiológico, quando comparado a países como os Estados Unidos o Brasil necessita de políticas de saúde que interfiram na educação alimentar dos jovens. "A prevenção, com a prática regular de exercícios físicos e a alimentação saudável, é a palavra-chave para não chegarmos a índices alarmantes. Quando os adolescentes receberam a informação, a maioria não imaginava que poderia ter o problema, pois a família toda apresentava o mesmo perfil de obesidade ou desnutrição. E o grande problema é justamente quando os indivíduos encaram a questão com normalidade", aponta. 


Os resultados do trabalho foram apresentados na tese de doutorado Avaliação do estado de nutrição de escolares do município de São Paulo: uma experiência multidisciplinar envolvendo professores de educação física do ensino fundamental e médio, que Cláudia defendeu no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Nutrição Humana Aplicada (Pronut) da USP. 


Educação física em aulas teóricas 
Os professores que participaram dos cursos do projeto foram capacitados para implantar técnicas de avaliação do estado de nutrição dos escolares, coletar dados antropométricos de seus alunos, apresentar resultados e sensibilizar pais e responsáveis para a busca por tratamentos, quando necessário. "Os professores passam a trabalhar a educação física em aulas teóricas, onde são discutidos conceitos de beleza, estética, saúde e qualidade de vida. A grande vantagem é que o curso ensina técnicas de avaliação e mostra a importância desse tipo de análise, mas os professores ficam livres para criar metodologias próprias e implementar esses conceitos", disse Cláudia. 


Sistema de vigilância nutricional de escolares
Segundo a pesquisadora, umas das diretrizes do projeto Avaliação do Estado de Nutrição de Escolares é criar um sistema de vigilância nutricional de escolares. "Se boa parte dos professores de educação física de São Paulo, que somam mais de 23 mil em escolas públicas e privadas, fosse capacitada, o Estado poderia servir de referência para a adoção de uma política nacional de qualidade de vida entre os estudantes", aponta. 


Para a pesquisadora do Neobe, o Brasil é carente de estudos que dimensionem a obesidade e a desnutrição infantil de maneira regular. "Se o professor de educação física passar a fazer essa avaliação de maneira sistemática, teríamos um mapa anual com as principais características do problema." A quarta edição do Curso Aene Bem Viver para professores da capital paulista está com as inscrições abertas. O curso é gratuito e estão sendo oferecidas 450 vagas. As aulas ocorrerão uma vez por semana entre os meses de março e novembro. O prazo para as inscrições terminam no dia 28 de fevereiro.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Saúde do homem

Programa nacional de detecção do câncer colorretal demonstra maior incidência da doença entre o sexo masculino

O risco de câncer colorretal era considerado praticamente o mesmo para homens e mulheres até há pouco tempo. Uma investigação realizada na Polônia para detecção da prevalência da doença, baseado no exame de colonoscopia, mostrou que o risco de desenvolver o câncer colorretal é maior entre os homens, quase o dobro em comparação às mulheres (a proporção do risco é de 1,98 para 1 entre homens e mulheres). O estudo empreendido como parte do programa nacional de detecção de câncer colorretal de envolveu a participação de 50 mil pessoas de 40 a 66 anos, 64% delas, mulheres e 36%, homens.

A colonoscopia é uma ferramenta avaliada como padrão-ouro para a detecção do câncer de colorretal. O exame deve ser realizado a cada dez anos, a partir da idade de 50 anos quando o indivíduo não apresenta risco. Pessoas com história familiar da doença ou com mais risco para desenvolvê-la devem ser submetidas a colonoscopia a partir dos 40 anos. Ao analisar os dados produzidos pelo programa de screening polonês, os pesquisadores observaram que o gênero masculino está exposto ao dobro do risco para neoplasias colorretais avançadas quando comparado ao gênero feminino.

O programa detectou o câncer colorretal em 5,9% das pessoas de 50 a 66 anos e em 3,4% dos participantes entre 40 e 49 anos. Ao final do estudo, o pesquisador Jaroslaw Regula e equipe estabeleceram os seguintes fatores predisponentes ao desenvolvimento de neoplasia colorretal: idade superior a 49 anos, história familiar do tipo de câncer e sexo masculino.


Fonte: Regula J, Rupinski M, Kraszewska E, Polkowski M, Pachlewski J, Orlowska J, Nowacki MP, Butruk E. Colonoscopy in colorectal-cancer screening for detection of advanced neoplasia. N Engl J Med. 2006 Nov 2;355(18):1863-72.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Síndrome de Reye

O que é síndrome de Reye?

A síndrome de Reye é uma doença caracterizada por encefalopatia aguda (acometimento cerebral de forma aguda), com edema cerebral (que geralmente é causa da morte), associada à degeneração do fígado e algumas vezes do rim e do miocárdio (músculo cardíaco). Até 1974, foram relatados quase 400 casos nos Estados Unidos com taxa de mortalidade superior a 40%. A incidência aumentou em relação temporal e geográfica direta com as epidemias virais, especialmente aquelas causadas pelo vírus da influenza B e da varicela. Em 1988, a incidência caiu dramaticamente (apenas 20 casos foram relatados). Atualmente essa doença é rara.



Por que ela geralmente acomete crianças?
A síndrome de Reye ocorre geralmente entre 4 e 12 anos de idade, com um pico de incidência em torno de 6 anos. Não há diferença por sexo na incidência, mas as populações rurais e suburbanas parecem mais freqüentemente afetadas do que a população urbana. Talvez pelo fato da síndrome de Reye estar associada a algumas infecções virais, como influenza B e varicela, e algumas outras que são mais comuns na criança, a sua incidência é maior nessa faixa etária. Não há uma explicação fisiopatológica para o acometimento maior das crianças.


Quais são as causas e o que a aspirina tem a ver com a doença?
A etiologia é múltipla e, na maioria dos casos, observa-se uma clara associação com patologia viral, principalmente varicela e o vírus influenza B. Em 60% a 70% dos pacientes se segue a uma infecção respiratória; 20% a 30% após varicela e 5% a 15% após patologia gastrointestinal associada à diarréia. Não há um fator tóxico ainda conclusivamente identificado, mas alguns estudos sugeriram a ligação etiológica entre a síndrome de Reye, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) e/ou anti-heméticos e infecções virais. É prudente evitar o uso de ácido acetilsalicílico como antipirético (antitérmico) em pacientes pediátricos com gripe ou varicela.

Quais são os sintomas da síndrome de Reye?
As manifestações clínicas ocorrem após o desaparecimento da doença prévia e na ausência de febre, após um intervalo de tempo no qual a criança aparentemente se recuperou. Os sintomas iniciais incluem vômitos repetitivos, com progressiva deterioração da consciência, delírio, comportamento agressivo, estupor, evoluindo em poucas horas para o coma e muitas vezes para o óbito. Podem ocorrer crises epilépticas e alterações do tônus muscular. Em aproximadamente 50% dos pacientes, observa-se hepatomegalia (aumento do fígado). A principal manifestação clínica ocorre devido à hipertensão intracraniana (aumento da pressão dentro do crânio), como conseqüência do edema cerebral.

A evolução da síndrome de Reye é grave e sua mortalidade depende da gravidade do quadro e do estágio em que o tratamento é iniciado: Estágio I e II - ausência ou somente depressão leve da consciência, associa-se a prognóstico favorável com menos de 10% de mortalidade e ausência de seqüelas nos pacientes que se recuperaram. Estágio III e IV - são caracterizados por aprofundamento progressivo do coma, com sinais e sintomas de progressiva disfunção do sistema nervoso central.


Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pelo quadro clínico associado às alterações laboratoriais, como aumento das enzimas do fígado (transaminases), dos músculos e da amônia no sangue. Há diminuição da glicemia (glicose no sangue) em mais de 50% dos casos e alterações da coagulação. Não existe nenhum exame que isoladamente faça o diagnóstico da doença.


Prevenção e tratamento
O tratamento da síndrome de Reye é principalmente sintomático. Deve-se ficar atento para as correções dos distúrbios do metabolismo, alterações da coagulação sanguínea, glicemia e outros. Muitas vezes o paciente deve ser internado em unidade de terapia intensiva, onde poderá ser mais bem monitorizado, realizar as correções dos distúrbios, fazer uso de ventilação pulmonar mecânica e submeter-se ao tratamento para controle da hipertensão intracraniana.

Como foi dito anteriormente, muitos pontos na síndrome de Reye não estão bem esclarecidos e dentre esses destacamos a etiologia da doença, que parece ser multifatorial. Assim, como prevenção, podemos mais uma vez dizer: É prudente evitar o uso de ácido acetilsalicílico como antipirético (antitérmico) em pacientes pediátricos com gripe ou varicela

* Artigo escrito por Dr. Nivaldo de Souza
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