segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Notícia da área de Nutrição!

Há poucos meses foi concluído o Consenso Nacional de Nutrição Oncológica. O chefe do Serviço de Nutrição – Nutricionista Dr. Nivaldo Barros de Pinho do INCA/HCI foi o facilitador Nacional.

O Consenso Nacional em Nutrição Oncológica (CNNO) foi indealizado em 2004 pelo Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto Nacional do Câncer (INCA) com o objetivo de uniformizar a terapia e a assistência nutricional aos pacientes oncológicos, garantindo equidade e qualidade a indivíduos com câncer no Brasil.

Entre os meses de maio e junho de 2008, foram realizados os Fóruns Regionais e elaboradas 334 propostas, que envolveram termos relacionados à assistência nutricional a pacientes oncológicos pediátrico e adulto, nas diferentes fases da doença e tratamento.

Os temas abordados foram Avaliação Nutricional, Recomendações Nutricionais, Terapia Nutricional, Seguimento Ambulatorial e Sinais e Sintomas causados pela Terapia Antitumoral, em pacientes submetidos à cirurgia, quimioterapia e radioterapia e em cuidados paliativos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Estresse e Câncer


O estresse emite sinais que fazem com que células desenvolvam tumores, indica uma pesquisa feita por um grupo de cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e publicado na revista Nature.

O grupo liderado por Tian Xu, professor e vice-presidente do conselho de genética de Yale, mostrou que mutações que causam câncer podem atuar em conjunto para promover o desenvolvimento de tumores mesmo quando localizados em diferentes células em um mesmo tecido.

O estudo descreve uma nova maneira pela qual o câncer age no organismo e aponta novos caminhos para combater a doença. Até agora, a maioria dos cientistas estimava que uma célula precisava de mais de uma mutação que causa câncer para que os tumores se desenvolvessem.

"A má notícia é que é muito mais fácil para um tecido acumular mutações em células diferentes do que em uma mesma célula", disse Xu, que também é pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes e da Universidade Fudan, na China.

Rascunho genético
O grupo trabalhou com moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster) para analisar as atividades de dois genes conhecidos pelo envolvimento no desenvolvimento de tumores no homem.

O primeiro é o chamado RAS, que já se mostrou envolvido em 30% dos cânceres. O outro é o gene scribble ("rascunho"), que contribui para o desenvolvimento de tumores quando sofre mutação.

O grupo de Xu anteriormente havia demonstrado que uma combinação dos dois genes na mesma célula desencadeava a formação de tumores malignos. Mas, agora, os pesquisadores verificaram que as mutações não precisam coexistir na mesma célula para isso.

Uma célula com apenas a mutação RAS é capaz de se desenvolver em um tumor maligno se auxiliada por uma célula próxima que contenha um gene scribble defeituoso.

Estresse que causa câncer
Em seguida, os pesquisadores observaram que condições estressantes, como uma ferida, podem disparar o desenvolvimento do câncer. Por exemplo, células RAS se desenvolveram em tumores quando um ferimento foi induzido em um tecido.

O mecanismo por trás do fenômeno, segundo os pesquisadores, é um processo de sinalização conhecido como JNK, que é ativado por condições de estresse.

"O problema é que diversas condições podem disparar a sinalização de estresse, seja o estresse físico ou emocional, infecções ou inflamações", ressaltou Xu.

Mas, apesar de o estudo indicar que é ainda mais fácil do que se estimava para que o câncer se desenvolva, ele também, de acordo com os autores, ajuda a identificar novos alvos para o desenvolvimento de novas formas de prevenção e tratamento da doença.

Fonte: Texto Mutações Conjuntas, retirado da Agência Fapesp

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

AVC - Acidente Vascular Cerebral

O derrame cerebral ou AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a causa de 30% das mortes no Brasil. Ele acontece quando uma artéria se obstrui por um coágulo de sangue, formado no coração ou em outro local do corpo, ou pela formação de depósitos de gordura ou endurecimento nas paredes de uma ou mais artérias do cérebro. Quando uma artéria do cérebro se obstrui, ele é considerado isquêmico. 

Quando se rompe, hemorrágico. Outros derrames são produzidos quando há uma ruptura das artérias, quando as paredes dos vasos sanguíneos estão frágeis em algumas áreas, especialmente quando se forma uma dilatação anormal nas paredes vasculares, chamadas aneurismas. Mais raramente, um AVC pode ser causado por uma queda abrupta e severa da pressão arterial, como durante grandes cirurgias, arritmias cardíacas graves ou até pós-parada cardíaca.

Os principais fatores de risco são histórico familiar, pressão arterial, acúmulo de gordura no sangue (colesterol e trigligerídeos), doenças cardíacas, diabetes, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e uso de pílulas anticoncepcionais.

Os sintomas dependem do tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e são perda sensitiva (dormência de um braço ou de uma perna), fraqueza ou perda de força muscular, alterações da memória ou fala, perda de equilíbrio ou coordenação motora, dor de cabeça, distúrbios visuais, convulsões e sintomas com início súbito. Esses sintomas geralmente são abruptos, repentinos, isolados, mas podem ocorrer em conjunto.

O melhor tratamento, reconhecido em todo o mundo, é feito com uma injeção que “dissolve o coágulo”. Este tipo de medicamento só pode ser utilizado até três horas do início dos sintomas. Quando se perde esta fase inicial, ainda se pode utilizar esses medicamentos via cateterismo, injetando-os diretamente no cérebro. Após este período ainda pode-se tratar o paciente, porém, com resultados não tão promissores. Por isso é importante levar o paciente a um serviço especializado o mais rápido possível.

Não há faixa etária específica em que a doença se manifesta mais comumente. Em geral, nos pacientes muitos jovens, pode ocorrer o tipo hemorrágico, por má formação das paredes dos vasos do cérebro, formando aneurismas que podem se romper. Em geral são mais comuns após os 40 anos, mas não é um dado absoluto. O que se sabe são os fatores que estão envolvidos no processo da doença e que têm muitas variáveis. Mas esses são fatores predisponentes e, se controlados, têm o risco diminuído.

Após o AVC isquêmico e não tratado rapidamente, pode haver déficit motor e sensitivo nas áreas afetadas correspondentes à artéria acometida no cérebro. O indivíduo pode ter dificuldade de locomoção, fala e entendimento, e alterações de sensibilidade. No tipo hemorrágico, pode ser fatal ou ter consequências mais graves, como o coma.

O AVC é uma doença grave e, apesar dos tratamentos oferecidos nos hospitais especializados, a prevenção ainda é o melhor recurso. A prevenção é feita conhecendo e controlando os fatores de risco. Se diagnosticada alguma dessas patologias, deve-se fazer o controle corretamente. Sendo prescrita medicação, nunca deve ser interrompida ou modificada, salvo pelo médico.

Os check-ups periódicos podem identificar o risco da doença, principalmente os fatores de risco e doenças associadas e predisponentes. Essas doenças, se tratadas adequadamente, em tempo e acompanhadas por médicos afastam o risco, Trata-se de uma doença muito grave e, apesar dos tratamentos oferecidos nos hospitais especializados, vale reforçar que a prevenção é ainda a melhor arma.

Fonte: Texto "Como combater o AVC?", escrito por Dra. Lise Bocchino, retirado do site IdMed
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