quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ejaculação Retrógrada

O que é?
Durante uma relação sexual, o esperma (sêmen) é lançado pela uretra para fora do corpo. Quando ocorre o inverso, isto é, em vez de sair pela uretra, toma a direção da bexiga, se chama de ejaculação retrógrada. Normalmente durante a ejaculação, a bexiga fecha sua "saída" (colo vesical), impedindo que o esperma entre no seu interior e fazendo com que este saia pela uretra e extremidade do pênis.


Como se desenvolve?
As causas podem ser neurológicas, traumáticas ou medicamentosas:

-Neurológicas
Entre as causas neurológicas, temos a esclerose múltipla, os traumatismos de coluna e a neuropatia periférica na diabetes, que frequentemente causam a ejaculação retrógrada.

- Traumáticas
Como causas traumáticas, temos as cirurgias abdominais ou pélvicas, que podem interferir na inervação da bexiga e assim causar o problema. Outros procedimentos cirúrgicos, como a ressecção endoscópica da próstata, também interferem no colo vesical, originando a ejaculação retrógrada.

- Medicamentosas
Como causas medicamentosas, aparecem algumas drogas que, utilizadas para tratamento de doenças cardíacas ou do aumento da pressão arterial, podem levar à ejaculação retrógrada.


O que se sente?
O paciente nota uma nítida redução no volume do esperma ou mesmo ausência deste no momento do orgasmo.



Como se faz o diagnóstico?
Um exame qualitativo de urina é colhido logo após o orgasmo e examinado ao microscópio; se houver a presença de espermatozoides, o diagnóstico de ejaculação retrógrada está feito.



Quais as consequências?
A principal consequência da ejaculação retrógrada é a infertilidade masculina. Desconforto físico e psicológico durante as relações sexuais são outras queixas observadas.



Como se trata?
O tratamento mais utilizado é o uso de drogas que fecham o colo vesical. Na infertilidade, pode-se recuperar os espermatozoides, recolhendo-os da urina após o orgasmo e de imediato fazer inseminação artificial. Para facilitar as relações na falta de ejaculação, o paciente poderá usar lubrificantes especiais.


* Escrito por Dr. Cláudio Lima, urologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, retirado do site IdMed

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

AIDS - 1º de Dezembro: Dia Mundial da Luta contra a AIDS

O que é AIDS?
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, também conhecida como AIDS ou SIDA, consiste no enfraquecimento do sistema imune do corpo devido à infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).

Os primeiros casos de AIDS foram relatados há cerca de 20 anos e desde então o conhecimento sobre os mecanismos que desencadeiam esta terrível doença têm andado a passos largos.

Hoje, sabe-se que o vírus se instala dentro de componentes estratégicos do sistema imune, os linfócitos T, responsáveis pela coordenação da defesa do organismo. Utilizando o sistema reprodutivo da célula hospedeira, o HIV replica a si próprio várias vezes. Após destruir a célula, ele se desloca para infectar outras células T, reiniciando o ciclo e deixando o corpo cada vez mais vulnerável às infecções oportunísticas (IO).

A infecção mais comum é a pneumonia por Pneumocystis carinii. O Sarcoma de Kaposi, um tumor raro, também é comum em vítimas da AIDS. Algumas vezes, o início de uma destas infecções é o primeiro sinal da presença da AIDS. A infecção do sistema nervoso central pelo vírus pode causar vários distúrbios mentais.

Como se pega AIDS?
A AIDS não é uma doença de transmissão casual: não é transmitida através de assentos de privada, pratos, talheres ou abraços e beijos na face.

Não se adquire AIDS sentando-se em uma cadeira que tenha sido utilizada por alguém com AIDS ou por estar no mesmo ambiente ou comer em um restaurante onde empregados possuem AIDS. A pele é uma barreira razoavelmente eficaz contra o HIV. Quarentenas não fazem parte das medidas de controle da AIDS.

A transmissão do vírus ocorre quase que exclusivamente pela troca de certos fluidos corporais contaminados, principalmente sêmen e sangue, e também possivelmente saliva e secreções vaginais.

Sexo sem proteção e compartilhar agulhas são os principais meios de disseminação do HIV. Transfusões de sangue são razoavelmente seguras devido ao uso disseminado de testes para HIV nos doadores. As mães infectadas podem transmitir o vírus aos seus filhos antes ou após o nascimento.

O que é Comportamento de risco?
Desde 1981, quando os primeiros casos de AIDS foram diagnosticados entre homens homossexuais, a AIDS têm-se disseminado por entre outros grupos de alto risco e na população em geral. Os parceiros sexuais (p.ex.: mulheres de homens bissexuais) e os filhos de pessoas pertencentes a estes grupos apresentam um alto risco de infecção pelo HIV.
O risco de contrair o vírus é maior em pessoas acometidas por outra(s) doença(s) sexualmente transmissível(eis), usuárias drogas, que possua múltiplos parceiros sexuais ou que tenham sexo com prostitutas.

O que sente uma pessoa que acabou de se infectar como HIV?
A chamada Fase Aguda da infecção pelo HIV é manifestada por febre de origem inexplicada, calafrios ou suores noturnos que duram várias semanas, sensação persistente de fadiga, perda de peso significativa e inexplicável, gânglios aumentados e diarréia de difícil tratamento.
É importante ressaltar que a maioria dos indivíduos apresenta poucos sintomas quando da Fase Aguda. O HIV, então, pode permanecer incubado por vários anos até que se iniciem as manifestações da AIDS propriamente dita.

Passado este período de incubação, os indivíduos contaminados experimentam repetidas infecções oportunísticas, com ou sem sarcoma de Kaposi associado. Estas infecções em geral acometem o sistema nervoso, o trato gastrointestinal e os rins.

Na maioria dos casos, os pacientes com AIDS morrem em dois ou três anos, em decorrência de complicações infecciosas. Este destino inevitável freqüentemente é ainda mais trágico devido à discriminação dos pacientes com AIDS. Eles são isolados socialmente, sendo evitados pelos amigos, pela família e impedidos de retornar ao trabalho.

Como evitar a contaminação?
O método de prevenção mais óbvio é simplesmente abster-se de sexo e não utilizar drogas endovenosas. Camisinhas podem ser utilizadas em todos os tipos de intercurso sexual.

Agulhas hipodérmicas, barbeadores e escovas de dentes não devem ser compartilhados. Na ausência de uma vacina e de um tratamento eficaz, estes são os únicos meios de se combater a disseminação da AIDS.

Como é feito o tratamento?
O tratamento precoce com uma droga antiviral, a zidovudina (AZT), retarda o desenvolvimento da AIDS e é recomendado como tratamento inicial para a infecção pelo HIV. Alguns antibióticos evitam algumas das infecções associadas à AIDS.

Atualmente, novas drogas estão sendo estudadas. Em vários centros de pesquisa, busca-se por uma possível vacina, mas desenvolver uma vacina para o HIV não tem se mostrado uma tarefa fácil por diversos motivos.

Nos pacientes com AIDS, o tratamento é direcionado para as várias complicações da doença (infecções pulmonares, oculares, intestinais, etc.).

O que ainda pode ser feito em relação à AIDS?
A AIDS já apresentou efeitos em áreas tão diversas como educação, hábitos sexuais, cuidados com saúde, pesquisas médicas e economia. Em muitos países, a educação sexual tem sido iniciada já no ensino básico/fundamental. As instruções incluem informação sobre o papel do sexo nas relações homossexuais e heterossexuais, com ênfase na prevenção da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Hábitos sexuais e uso de drogas e álcool parecem estar passando por uma mudança gradual, à medida em que mais pessoas se conscientizam do significado de se ter múltiplos parceiros sexuais ou abusar de drogas em relação à disseminação da AIDS.

As pesquisas devem levar a uma cura ou a uma vacina eficaz e certamente aumentarão o conhecimento nos campos da imunologia, virologia e terapia medicamentosa. Apenas nos EUA, os custos envolvidos em educação, cuidados médicos e pesquisa sobre AIDS tem sido estimados entre 10 e 15 bilhões de dólares por ano.


* Artigo retirado do site: www.idmed.com.br. Escrito por Dr. Alessandro Loiola
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