sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ato médico é aprovado na Câmara

Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto de lei que regulamenta o exercício da medicina e aponta procedimentos exclusivos dos médicos, o chamado ato médico. 

A proposta restringe a possibilidade de outros profissionais, como fisioterapeutas e nutricionistas, de fazer diagnósticos e de oferecer tratamento. Um dos pontos que devem causar mais discussão é o que restringe a médicos “a invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção” e outros procedimentos. Uma das interpretações é que esse artigo fará com que procedimentos como acupuntura fiquem restritos a médicos. 

O projeto de lei ainda dá aos médicos a prerrogativa de apenas eles formularem diagnósticos sobre doenças e prescrição de medicamentos, indicação de cirurgias, execução de procedimentos invasivos - mesmo os estéticos - intubação, emissão de laudos de exames de imagem, prescrição de próteses e órteses, realização de perícias e atestados de óbitos, entre outras ações.Dentistas estão excluídos das restrições, podendo realizar os mesmos procedimentos dentro da sua área de atuação. 

Outras profissões, como fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos e enfermeiros, tiveram garantidas na lei o acesso a procedimentos como aplicação de injeções, coleta de material biológico, realização de alguns tipos de exames, curativos e, especialmente, atendimento de emergência. A preocupação dos deputados foi não permitir que pessoas que façam atendimentos de primeiros socorros sejam penalizadas por atendimento emergencial. A lei deve voltar ao Senado antes da aprovação definitiva, já que sofreu diversas alterações na Câmara e deve causar várias contestações judiciais de outras áreas da saúde. 

* As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estudo mapeia o aumento dos fatores de risco cardiovascular na América do sul

A América do Sul compreende diversos ambientes contando com diversas etnias, sociedades e culturas heterogêneas e complexas. Este continente agora enfrenta três grandes mudanças demográficas: crescimento populacional, urbanização (quase 90% da população vivendo em áreas urbanas) e envelhecimento da população. Profissionais brasileiros fizeram uma abordagem do tema e da situação atual das doenças cardiovasculares no continente sul-americano.

A urbanização trouxe alterações proeminentes e desfavoráveis, tais como aumento dos índices de tabagismo, estresse, falta de atividade física e dietas inadequadas (muita gordura e calorias). Conseqüentemente, devido à interação entre ambiente e genética, as modificações induzidas pela urbanização resultaram em aumentos dos fatores de risco cardiovasculares e de doenças cardiovasculares.

Esta situação é responsável pelo prejuízo causado pelas doenças cardiovasculares na América do sul, necessitando de ações efetivas para melhor detecção e controle dos fatores de risco cardiovasculares com o objetivo de reduzir os prejuízos relacionados à doença nesta região.


* FONTE: 07 de outubro de 2009 (Bibliomed).
O artigo, publicado na revista Heart, foi preparado por profissionais do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e da USP – Ribeirão Preto.
Fonte: Heart, 2009;95:1475-1482
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